Dia do Combate ao Câncer de Próstata
No Brasil, o câncer de próstata é o mais comum entre os homens, excetuando o câncer de pele não-melanoma. Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum, conforme explica o INCA. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Ainda de acordo com o INCA, o aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.
A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.
O tratamento depende do estadiamento da doença, da idade e do estado geral de saúde do paciente (Performance Status). Ou seja, cada caso deve ser analisado de forma individual. De uma maneira geral, a cirurgia, a radioterapia e a terapia hormonal costumam ser as opções mais comuns, isoladamente ou em combinação.
Em pacientes com doença classificada como de baixo risco (de acordo com níveis de PSA, estadiamento clínico e escore histopatológico de Gleason) é possível fazer apenas o monitoramento periódico do caso, sem precisar de tratamento imediato. Essa estratégia, chamada vigilância ativa, envolve a realização periódica dos exames de PSA e toque retal, além de biópsias conforme indicação médica. Nos casos de adultos jovens com tumores que crescem rápido, isso não costuma ser recomendado. A cirurgia mais frequente é a prostatovesiculectomia radical que inclui a ressecção total da próstata, vesículas seminais ou outras estruturas pélvicas acometidas por tumor maligno. Incontinência urinária e disfunção erétil são efeitos colaterais possíveis. Tal cirurgia robótica costuma ser mais precisa, com recuperação mais rápida e menor risco de efeitos colaterais, mas ainda é feita em poucas instituições públicas, pois envolve custo elevado de implantação e exige alto nível de treinamento e experiência, o que só se consegue em centros com grande volume cirúrgico.
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